Meu coração já sabe que o seu não quer mais me amar
Não bate mais junto está na distância não sabe voltar
Ficou nas planícies nas alvoradas no entardecer
Nas águas profundas perdido nas matas do Pantanal
Meu coração é um animal que se libertou
Agora é escravo da liberdade que o campo criou
Dono das chuvas rumo dos ventos pó do sertão
Raiz espalhada no chão na chapada do Pantanal
Tem o cheiro das folhas no chão
Tem o gosto das terras sem fim
Tem o jeito macio dos rios que fogem do mar
Não se esconde das lutas que vêm
Não tem pouso nem hora ninguém
Mas espera no fim de algum dia quem sabe parar