Letra de
Medley de Viola

O destino aqui me trouxe cantar pra vocês eu vou
Eu só trouxe coisa boa, foi meu sertão quem mandou
Burro que fugiu do laço tá debaixo da roseta
Quem fugiu de canivete foi topar com baioneta
Já está no cabo da enxada quem pegava na caneta
Quem tinha mãozinha fina foi pegar na picareta
Já tem doutor na pedreira dando duro na marreta!
A coisa tá feia, a coisa tá preta
Que não for filho de Deus, tá na unha do capeta!
Mundo velho está perdido
Já não endereita mais
Os filhos de hoje em dia já não obedece os pais
É o começo do fim
Metade da mocidade estão virando marginais
É um bando de serpente
Os mocinhos vão na frente, as mocinhas vão atrás
O filho parece rei
Filha parece rainha
Eles que mandam na casa e ninguém tira farinha
Manda a mãe calar a boca
O pai é um zero à esquerda, é um trêm fora da linha
Cantando agora eu falo
Terrero que não tem galo quem canta é frango e franguinha
Mulher toma a sua linha
Eu sou seu marido
Tô vendo que você quer cair na gandaia
Você já não usa mais vestido comprido
Só quer sair pelas ruas de mini-saia
Este corpo bronzeado me dá ciúmes
Só que eu tenho direito de apreciar
Vira e mexe você bota essa mini-saia
E sai aí pelas ruas a desfilar
Tem gente mal encarada de olho gordo
Parada na redondeza só pra te ver
Até o vizinho da frente comprou um binóculo
E torce pra um vento forte soprar você
Gavião da minha foice não pega pinto
Também a mão de pilão não joga peteca
O cabo da minha enchada não tem divisa
As meninas dos meus olhos não tem boneca
A bala do meu revólver não tem açucar
Na casa do joão-de-barro não tem goteira