Mãos se rendem
Pra outras que tudo levam
Quase em extinção
Mão honestas, amorosas
E nossas pobres mãos
Que batem as cordas
Pago pra ver
Queimar em brasa
As mãos de bacharéis, que não condenam o mal
Inocentam réus, em troca do vil metal
As mãos de bacharéis, que não condenam o mal
Inocentam réus, em troca do vil metal
Mãos de infiéis revés que não condenam
Movendo a diretriz tão fraudulenta
Sem réu e sem juiz mãos não se acorrentam
Justiça põe as mãos na consciência
Ato que fez Pilatos, lavando as suas mãos
É o mesmo que justiça, feita com as próprias mãos
As mãos que fracassaram, na Torre de Babel
Porque desafiaram as mãos do Céu