Letra de
Manacá da Serra

Manacá da serra, ô maninha
Deu dois tipos de flor
Uma bem lilás
E outra mais
Pro lado do branco
Quase cor de rosa
É a perfumosa dama da noite
Que no açoite do vento
Vai perfumando o mato
O mato escuro onde causa espanto
Ouvir-se o canto da Mãe-da-lua
Onde flutua um zigue-zague fosforecente
Que mais parecem estrelas cadentes
Iluminadas pelo perfume
Mas não é nada
É só a cantiga da Mãe-da-lua
E a dança louca dos vaga-lumes
Manacá da serra, ô maninha
Deu dois tipos de flor
E a dama da noite
Preferiu a noite
E caiu no açoite do vento
Me ensinou que o canto é o perfume
Do pensamento voando lento
E o perfume é a asa da flor