Letra de
Malandros da Barra Funda

Nasci como nasce qualquer vagabundo,
Não sei nem conheço que foram meus pais.
Cresci nas tabernas ao som das garrafas,
Pescando de linha na beira do cais.
Eu estando em casa faço e aconteço;
Saindo na rua eu ja vou brigar!
Respeito famílias, crianças e velhos
Gosto quando um bamba me vem provocar!
Introdução
Eu bato pandeiro, puxo uma cuíca;
Arranho cavaco sopro piston
Porém o que mais me diverte e alegra,
São as harmonias do meu violão.
Eu tenho um lira de jacarandá,
Tomei de um bamba numa serenata
Quando ele cantava na porta da amada,
Tomei-lhe o violão e também a mulata!
Introdução
Moro num curtiço lá na “Barra Funda",
O meus alugueis não posso pagar.
O meu senhorio me faz cara feia,
Estou vendo que logo nós vamos brigar.
Mudar-me não quero dinheiro não tenho,
Trabalho e dureza o batente me cansa
Posto que o recurso é meter-lhe o cacete
E a minha navalha vai entrar na dança.
Introdução
Adeus meus amigos fiéis companheiros,
Mari e Marinheiro Chiquinho e Pereira;
Adeus pé de ferro e Mestre Anastácio,
Paulinho Boquita e Mané Capoeira;
Receba um abraço desse bom amigo,
Que hoje está velho sua vida mudou
Saudade gostosa da boa mocidade,
Tempinho gostoso que foi e não voltou!
Final : E