Não é pau, não é pedra, não é o fim do mundo
Só umas coisinhas a lembrar
Vida prática “mon cher"
Ver se a poupança dá pros meses de recessão,
Ligar pra telefônica pra pedir uma extensão
Pagar a escrivaninha que acabou de chegar
Dar um trato na casa, isso não pode esperar
Ver se a terapia recomeça na quinta
Reclamar do encanador que não é boa pinta
Ir à aquela loja de quinquilharias
Na cozinha tudo que tem tá em cima da pia
Lembrar coisas simples que são importantes, mas principalmente
Lembrar de esquecer o velho anarquista
Comendo restos tirados do lixo verde da Paulista (2x)
O quarto tá vazio aqui do lado direito
Quando vou ao médico ver essa dor no peito
O que é que eu faço com esse novo número pré-pago
Tenho que arrumar um cacho pra ganhar um afago
Organizar a agenda que tá meio confusa
Por fora do armário aquela antiga blusa
Listar as pessoas que vou chamar para o show
Jogar futebol, tô querendo fazer um gol
Lembrar coisas simples que são importantes, mas principalmente
Lembrar de esquecer o velho anarquista
Comendo restos tirados do lixo verde da Paulista (2x)
Adoro essa idéia de quem é só meio burguês
De resolver os pepinos um de cada vez
A vida lá fora é confusa, é caótica
Então às vezes reúno amigos pra expor minha ótica
Freqüento assembléias com gentes da classe
Discuto com a banda aquele novo impasse
Sou um cidadão que quer sempre se colocar
Para esquecer certas coisas que ninguém tem que lembrar
Lembrar coisas simples que são importantes, mas principalmente
Lembrar de esquecer o velho anarquista
Comendo restos tirados do lixo verde da Paulista (4x)