Veja só como é a vida
E diz se eu tenho ou não razão
Pra pobre é causa perdida
Briga contra um batalhão
Se abre porta, é a da saída
Caçapa de camburão
De herança, massa falida
Dívida de outra encarnação
Eu já nasci pedindo pra esperar
E ainda errei no sogro
Estudei, corri atrás pra me arrumar
Fiquei devendo o dobro
Não ri, não
Não ri, não
Que é sério, sim
Não ri, não
Não ri, não
Que é sério, sim
Me diz se eu tenho ou não razão
Pra agir assim
Se há motivo pra ser bom
Com a coisa tão ruim
Queria ver sua senhoria na minha situação
Se também não tinha vendido um rim
Não ri, não
Não ri, não
Que é sério, sim
Não ri, não
Não ri, não
Que é sério, sim