Eu aceito o descompasso
Que na ausência dos seus braços
Dilacera o peito meu
Eu aceito o julgamento
Que apesar do desalento
Te prometo um samba sem ressentimento
Ai eu aceito humildemente
Mas imploro impaciente
Antes da gente se perder
Que deixando o seu abrigo
Você venha comigo que aquela camélia não pode morrer
Quanta laranja madura
Quanto limao pelo chão
Quanto sangue derramado dentro do meu coração
Quanto sangue derramado dentro do meu coração
Se esta lua fosse só minha
Eu mandava ladrilhar
Com pedrinhas de brilhantes
Para o meu amor distante pousar
Nessa lua longe sozinha
Tem um bosque temporão
Onde um anjo de astronave
Escondeu a chave do meu coração