Dizem que cavalo dado não se olha os dentes
Se for de graça até injeção na testa
Quem não tem sorte no jogo, tem sorte no amor
Isso é conversa fiada, não me interessa
De onde venham as coisas, são feitas no braço
É suor que corre no peito e calo nas mãos
Quem não tirar o pé do chão vai criar raiz
Quem não é feliz com o que tem tá vivendo em vão
Lá na minha terra, viola ponteia
No clarão da noite, a luz que brilha é a lua cheia
Não se fala em guerra, jogos de azar
Não pego mal olhado, eu não vou dormir antes de rezar
Lá a gente dá valor até em pangaré
Pra curar ferida, erva Santa-Maria
O jogo mais perigoso de lá é a paixão
Por isso vivo sofrendo até hoje em dia
Cabeça que não tem juízo, o corpo paga
E é só nesse ditado que eu acredito
Deixei minha terra e vim morar na cidade
Por isso meu coração tá batendo aflito
Lá na minha terra