Me vejo feito isca
Desse teu olhar bagunçado
Ora diz que me busca
Ainda que, depois, me desdenhe
Me confundo todas as tardes
Nesses intervalos tão miúdos
Em que a tua retina penetra a minha
Fazendo feitiço na umidade
Calibra teu poro neve ao meu
Que esse banho consome toda uma tarde
Tu és tão amador
Neste jogo de pares