Letra de
História de Vaqueiros

Bragadá lá das Treis Ponta Tiquiano do Rumão
ranca tôco ribadêro matadô de lubião
turuna qui laça frechêro nos iscuro pelas mão
Certa feita vô contá só um feito desse vaquêro
foi chamado pra pegá um levantado marruêro
Morada Velha do Olivêra Lagoa do Pancadão
Tiquiano foi só cum a pitéra a Ri-de-Conta e sem gibão
méa noite e lua e um quilarão
Pontô o bicho na bibida vino do fundo da mata
na lagoa de pureza feito u'a bacia de prata
qui buniteza nessa hora só lamento nun tá lá
e sem mais demora Tiquiano gritô: vem bichão vem cá!
riscô um tufão feito um raiá
Já cum bicho bem pegado ma ponta do pau-de-ferro
pelos mistero da hora in qui num pode havê êrro
o incapetado lubisomi 'stremeceu soltô truvão
já tava intregano ao bicho home as alma nas palma das mão
faca na venta e sangue no chão e a lua oumenta o quilarão
faca na venta e boi no chão
REFRÃO
As Guariba é um cruzamento in toda tarde de dumingo
hai um grande ajuntamento de muita gente e malungo
moça bunita perdedéra Bragadá sua perdição
boi das arma branca cara preta catravo de pé e mão
fera sturrano cavava o chão surucucú de dois ferrão
malvado e brabo pegô Juão
Derna o tempo de minino fazia pur brincadêra
pegá bicho remeteno de mão pilunga ô pitêra
dentra da venda in descursão entrô os vaquêro de lá
pruns olhos bunito cum ferrão pulô a cerca Bragadá
a noite intéra bebeu dançô na brincadêra no virô
moça bunita laço de amô
Pelo triz de um momento da peleja in certa altura
viu nos olhos da morena ispelhada u'a mancha iscura
faca na venta o boi morreno Bragadá caiu no chão
cum o vazí rasgado 'stremeceno parava o saingue c'as mão
amô nun sei pru modi quê facilitei olhei você
foi pur teus olhos pur a fulô pegava o boi boi me pegô
é dura a sorte do pegadô morrê da morte chifrada amô
REFRÃO