Guitarras do meu país
Que onde não canto cantais
Que dizeis o que não diz
Meu canto, que por encanto
Se cala quando falais
Guitarras do meu país
Que cantais onde eu não canto
De tantas coisas passadas
Fica sempre em vosso tom
Um som de vozes caladas
Vozes de um povo sem dom
Que não tem outras espadas
Que não a fúria do som
Que há nessas vozes caladas
Guitarras do meu país
Lágrimas encordoadas
Armas do Mestre de Avis
Em soluços transformada
Se nos curvam a cerviz
Cantai de novo as espadas
Guitarras do meu país