Corpo esguio e franzino que tantas mãos já tocaram
E te seguraram bem firme na hora que te deitaram.
És parente da picana e dos fueros da carreta,
Mas com a beleza distinta, coroada na roseta!
Vaidosa, carrega argolas penduradas nas orelhas
E sempre a aura brilhante feita em formato de estrela.
Não gosta de ir pro campo, mas de ficar nos galpões,
Pelos cantos, recostada, amargando solidões
Mas quando mexem contigo, como ficas tagarela.
E faz redemoinhar tropas à procura da cancela!
Por isso se as estrelas cintilam, tu te enamoras
Recordando um amor que partiu num pé de espora!
Àqueles que te conhecem, respeitam o simples "trim"
Te dão lado quando passas com teu trinar de clarim.
Tal o pai que mostra ao filho, rumo e razão da estrada
E a firmeza da palavra, tem o teu jeito Guiada!
Bem na volta da paleta, cutucas, mas não por mal,
Pra evitar que algum se quebre, conservas teu ritual.
Por ti o brete não folga, que nesta lida és valente!
É teu destino, guiada, tocar a vida pra frente!!