de tudo que é nego torto do mangue e do cais do porto, ela já foi namorada
o seu corpo é dos errantes dos cegos, dos retirantes, é de quem não tem mais nada
joga pedra na Geni joga pedra na Geni
ela é feita pra apanhar ela é boa de cuspir
um dia surgiu, brilhante entre as nuvens, flutuante um enorme Zepelim
pairou sobre os edifícios abriu dois mil orifícios com dois mil canh_es assim
a cidade apavorada se quedou paralisada pronta pra virar geléia
mas do Zepelim gigante desceu o seu comandante dizendo: Mudei de idéia
quando vi nesta cidade tanto horror e iniqüidade resolvi tudo explodir
mas posso evitar o drama se aquela formosa dama esta noite me servir
ao ouvir tal heresia a cidade em romaria foi beijar a sua mão
vai com ele, vai Geni vai com ele, vai Geni
você pode nos salvar você vai nos redimir você dá pra qualquer um bendita Geni
foram tantos os pedidos tão sinceros, tão sentidos que ela dominou seu asco
nessa noite lancinante entregou-se a tal amante como quem dá-se ao carrasco
mas logo raiou o dia e a cidade em cantoria n_o deixou ela dormir
joga pedra na Geni joga bosta na Geni
ela é feita pra apanhar ela é boa de cuspir (Dm)