Ela é poesia
Eu agradeço todo dia
Que a tristeza dessa vida
Me ensinou a ler
Ela não é mineira, mas é desconfiada
Às vezes lua cheia, mas nunca saciada
E como poesia, só não achava linda quem não a entendia
Oh geminiana, eu já te vi chorar e já te vi sorrir
Eu já te vi tentar catar os cacos antes mesmo do copo cair
Oh geminiana, eu já te quis no céu e ainda te quero aqui
Eu já te vi tentar voar mesmo com medo de poder cair
Mas vem, me dê a mão, que se for chão, nosso futuro
Que seja, mas que seja junto
E se for escuridão, num quarto a gente acende
Um magenta com ciano e fica tudo bem
Oh geminiana, eu já te vi mudar e já te vi crescer
E eu sei que as vezes dói demais não saber o que vai ser
Oh geminiana, eu já te vi lutar e já te vi vencer
Mas eu sei que as vezes dói demais não saber o que vai ser de nós
A tua ausência me enlouquece, até quem não te conhece te vê em mim
O teu sorriso me acalma, me abraça pela alma
Eu sei que vai ser sempre assim
Oh geminiana, eu já te vi sonhar e até te vi querer
Fugir pra uma cidade onde cabe a tua vontade de viver comigo
E quanto mais o tempo vai ter que passar?
Enquanto o tempo passa eu vou me acostumar
E quanto mais o tempo passa, o tempo vai se esgotar
Mas o que é o tempo pra quem sabe amar?
Mas o que é o tempo pra quem sabe amar?
O que é o tempo pra quem sabe amar?
Por onde o tempo passa, se o tempo é de pensar?
Me diz, o que é o tempo pra quem sabe amar?