Eu quando saio pelo mar afora
faço de conta que já vou embora
mas apenas fico nas mentiras
que matam por momentos desventuras!
Tantas gaivotas rodeando o barco
como crianças rodeando adultos
gaivotas e crianças se misturam
e fazem do meu barco a minha cama
Meu corpo balança sobre as águas
e o olhar se afoga no meu pranto
é que eu bem distante lá da terra
não compreendo gente que maltrata e erra
Minhas mágoas, tantas frustrações
eu vou deixar neste mar, quando anoitecer
e lá em casa ninguém vai saber
quando eu chegar, vou sorrir e adormecer
quando eu paro o barco em águas mansas