Me chamo vento, me chamo vento
Passeando pela cidade destruída bombas
foram lançadas e tudo reduzido a pó
Na praça aberta sou um colar de livres pensamentos
quem quer comprar o jornal de ontem
Com notícias de anteontem?
Me chamo vento Me chamo vento
Me Chamo vento
Nada sei apenas vivo a perambular
uns trabalham por dinheiro
outros por livre e espontânea vontade
Eu trabalho para o nada espalhando pelo chão
sou solidão a dançar com a língua no formigueiro
Ando, ando, ando sem parar
na poeira dos fatos nas transparências
Viver é fúria e folia, rumo ao mágico
Me chamo vento, me chamo vento
Passeando pela cidade destruída
bombas foram lançadas e tudo reduzido a pó
Na praça aberta sou um colar de livres pensamentos
sou solidão a dançar
Com a linguagem no formigueiro
Viver é fúria e folia, rumo ao mágico