Letra de
Fronteiros

O gado berra num pelado de rodeio
Uma amanha fria me abriga o bichara
O meu gateado firma o trote e atropela
Na invernia que florei a deus dará
Mermando sonhos montado bem a cavalo
O vento brando levanta que me se assanha
Percorro os campos da invernada do fundo
Moldo meu mundo na fronteira castelhana
A vida passa e os fronteiros não se olvidam
As sesmarias tropeiam aguas infindas
Os sentimentos brotam nos olhos matreiros
Desses campeiros que não vivem sem a lida
Desses campeiros que não vivem sem a lida
Vou retinando esta estradas longínquas
De fronte as casas num cevar de um mate Amargo
Tropiando anseios que um fronteiro eterniza
Sentindo a brisa que cobre o branco do marco
Quando um fronteiro solta um verso campo a fora
E aderiassa algum torena num varzedo
É mais um taura a versejar sua fronteira
Sina campeira que traduz tantos segredos
A vida passa e os fronteiros não se olvidam
As sesmarias tropeiam aguas infindas
Os sentimentos brotam nos olhos matreiros
Desses campeiros que não vivem sem a lida
Desses campeiros que não vivem sem a lida