Minha prisão sou eu mesmo
Não posso correr, não posso fugir.
Os meus ideais foram todos quebrados
A realidade que sempre retorna, sempre vem à tona.
E a vida deforma, eu não posso fugir.
Eu não faço escolhas, eu não piso no chão.
Eu não peço perdão, eu não fui perdoado.
Eu me contamino com meu próprio vírus
Eu me enveneno com meu próprio remédio
E os meus sonhos se prendem, mas são apenas sonhos.
Mesmo com minhas mãos eu sou filho inútil
Mesmo com meus irmãos eu sou filho único
Único No seu modo de ver
Único No meu modo de ser
Único Mas não pedi pra nascer.