o cinema mudo o holocausto negro e o espirito de antônio conselheiro são velados na favela
a boca banguela semi analfabeta de um descalcificado não é novidade nela
o ouvido surdo a visão cega e o tráfego controlado são normas da favela
e a cidade escoa o seu lixo camuflado quase sempre perto dela
mas a favela insiste e continua a fazer parte do desenvolvimento cultural de sua cidade
a arquitetura da favela tem o reconhecimento em sua arte grover chapman
prisão é prisão em qualquer arte e a favela nasce em todas as partes
o mundo sobrevive da favela o submundo vive nela (3x)
a rota dos crimes das drogas e da miséria passa dentro da favela
seus becos ladeiras suas valas escadas são chamados de viela
o rapto da luz e da água e a taxa anormal de densidade demográfica são picos da favela
a chuva no barro a bala que cruza o barraco pra ser vendida no sinal compõe a sua aquarela
mas a favela desce e faz o carnaval cada morro tem o seu cartão postal tão belo
caca diegues faz cinema na favela michael jackson fez seu clip nela e a PM sempre
positiva e operante
prisão é prisão em qualquer arte e a favela nasce em todas as partes
o mundo sobrevive da favela o submundo vive nela
e a mangueira anunciou em plena marques de sapucai numa visão apoteótica de 360°
a favela é a nova senzala seu açoite a discriminação
o favelado samba sobre a mandala dança em forma de meditação (2x) (parte incidental)
prisão é prisão em qualquer arte e a favela nasce em todas as partes
o mundo sobrevive da favela o submundo vive nela
oh! minha flor favela formosa é a sua cor
oh! minha flor favela singela branca é a dor