Letra de
Fábulas de Carreiro

Ai, eu botei
Meus boi na canga
E carreguei meu carretão
Ai, era ainda noite cerrada
Já eu estava no espigão
Ai, era eu e o boi malhado
Empareiado ao boi marrão
Ai, só nois três na madrugada
Cortando a estrada, escuridão
Ai, uma estrela se desgarrou,ai
E fulminou meu carretão
Minha pareia se abalou, ai
E se matou no ribeirão
Lá ueh, ueh, ueh
Meu boi malhado, ai
Lá ueh, ueh, ueh ,
Meu boi marrão
Ai quando eu lembro
Choro abafado, ai
E quando canto
É de paixão
Ai a saudade não é brinquedo
Quando se apossa de um coração
Ai, eu às vezes me acordo cedo
Me estremeço na solidão
Ai, minha pareia
Minha pareia
Puxando o carro no chapadão
Ai era assim desde menino
Mas o destino me fez traição
Lá ueh, ueh, ueh ,
Meu boi marrão
Ai quando eu lembro
Choro abafado, ai
E quando canto
É de paixão
Contribuição: Marcello Urdiales - [email protected]