Demente, arquitetou impaciente
Em perturbar um inocente
Sua atitude insolente
Me inspirou neste repente
Danada, escolheu minha morada
Para ser monitorada
E de tocaia na sacada
Preparou uma cilada
Malvada, de mangueira na calçada
Ela espia a molecada
Tanta água desperdiçada
Só pra zoar uma pelada
Covarde
Denunciou uma inverdade
Escancarou perversidade
Quis acabar com a vontade
De quem vive de verdade
Serpente, seu veneno é diferente
Mata só de olhar pra gente
Morde a língua
E vê se sente
Safada, sobe e desce aquela escada
Finge estar atarefada
Diz que é velha e está cansada
Mas isso tudo é só fachada
Maldita, foi à rua e fez a fita
Enganou até passista
Rebolou meio esquisita
E jurou que era artista
Demente, danada, malvada - covarde!
Serpente, safada, maldita - covarde!