Era uma vez
O dia em que todo dia era bom
Delicioso gosto e o bom gosto
Das nuvens serem feitas de algodão
Dava pra ser herói
No mesmo dia em que escolhia ser vilão
E acabava tudo em lanche
Um banho quente
E talvez um arranhão
Dava pra ver
A ingenuidade, a inocência
Cantando no tom
Milhões de mundos e universos tão reais
Quanto a nossa imaginação
Bastava um colo, um carinho
E o remédio era beijo e proteção
Tudo voltava a ser novo no outro dia
Sem muita preocupação
É que a gente quer crescer
E, quando cresce, quer voltar do início
Porque um joelho ralado
Dói bem menos que um coração partido
É que a gente quer crescer
E, quando cresce, quer voltar do início
Porque um joelho ralado
Dói bem menos que um coração partido
Dá pra viver
Mesmo depois de descobrir
Que o mundo ficou mau
É só não permitir
Que a maldade do mundo
Te pareça normal
Pra não perder a magia de acreditar
Na felicidade real
E entender que ela mora no caminho
E não no final
É que a gente quer crescer
E, quando cresce, quer voltar do início
Porque um joelho ralado
Dói bem menos que um coração partido
É que a gente quer crescer
E, quando cresce, quer voltar do início
Porque um joelho ralado
Dói bem menos que um coração partido
Era uma vez