A morte floresce a cada manhã
Trazendo agonia aos filhos do sol
A vida o sonho vindo a padecer
Queimadas de almas entregues ao pó
Crianças nascem sob o sol de satã
Com espinhos de palma na palma da mão
Mórbidas paisagens aos olhos mostrar
Carcarás devorando carcaças no chão
Carcarás devorando carcaças no chão
Carcarás devorando carcaças no chão
Vendo o sol es cu re cer
Filhos do Deus do perdão
Vem vi vem do nessa es cu ri dão
No lugar que parece esquecido por Deus
As beatas se arrumam para a procissão
No lugar que padecem prováveis ateus
As crianças desfilam com terços nas mãos
Clãs de nômades vivem à beira do caos
Mercenários controlam fantoches com as mãos
Como num filme de "Glauber" querendo afinal
Que o sertão vire mar e o mar vire sertão
Que o sertão vire mar e o mar vire sertão
Que o sertão vire mar e o mar vire sertão
Vendo o sol es cu re cer
Filhos do Deus do perdão
Vem vi vem do nessa es cu ri dão