Letra de
Devaneios

Já bebi quimera tanta da tua boca
E pelas vias velhas
Teu breu canta as linhas poucas
Por onde meus devaneios permeiam
Nas curvas dessa flauta rouca
Assim me clareando o oposto
Mesmo sem sentir o gosto
É de que os órgãos se enlacem
Que as peles se encubram
E os beijos nos embriaguem
Guardo teu cheiro em meus vagões
Teus olhos na parede das canções
Que me fazem lembrar
O porquê de tanto você
Um solitário nas multidões
Silenciosos tiros de canhões
Coração a pulsar
Não faz alma espairecer
Antagônico o desejo
O místico ensejo