Ouça o coração da terra agitar descompassado e forte
Suplicando a sorte, um dia sem morte no chão deste lugar
A noite vela o sono dessa natureza
E com seu manto negro, esconde a tal beleza
De seus inimigos, de seus predadores
De todos os temores a lhe povoar
Quando chega o dia, clareando a mata
Expõe indefesa toda essa riqueza
Maravilha virgem desse universo
Que a humanidade vê desmoronar
Mas por ironia, o homem chega
Quebra o equilibrio desmatando a terra
Contamina a água, muda o seu ciclo
E põe em risco a vida do planeta
Para a sua prole o que reservou?
Um futuro incerto com o que plantou
Hoje ele tem água, tem o que comer
Mas para o seu neto, não quer nem saber
Se vai sobreviver
Não fazemos parte dessa parte desumana
Desta sociedade insaciada e egocêntrica
Que não entende ou vê que decretando a morte à natureza
Seu dinheiro nada vai valer, seu dinheiro nada vai comprar
Somos primitivos nessa terra santa
Pressentindo o rumo desse desatino
Transformando o medo em muito desejo
De acordar a tempo de mudar o mundo
Surge uma luz na escuridão deste “tunel”
Onde a sua refração indica a esperança
Acredite! e tome uma atitude “já”