Alenta a imagem da tropa serpenteia estrada afora
Sucessão que hora após hora fundindo terra e peçunha
Rigores de mesma alcunha pro tropeiro linda estampa
Conduzindo couro e guampas numa procissão terrunha
Trago embebidos na imagem os verões e as soalheiras
Mastigando a polvadeira da gadaria açoreada
Trago no couro estampada a marca das invernias
Poncho molhado faz dias até a alma gelada
(O mouro da m'ias confiança tranqueia mascando o freio
Carregando os meus anseios nos rumos dos meus desponte
Em Bis
Porque tropeiro e cavalo são como a estrela e a noite)
Int.
A gadaria contesta berro após berro a tristeza
Ruminando as incertezas de cambiar rumo e querência
Longínquas reminiscências de tantas tropas de outrora
Que rumbiaram mundo afora ensimesmada de ausências
Já gastei basto e carona mangueando boiada quena
Plantei luzes nas canhadas dos rincões por onde andei
Muitas tropas entreguei nessa sina de tropeiro
Voltei sempre repisando os caminhos que trilhei
( )