a mão campeira, que é o fio da faca
tirando uns tentos, mais ou menos grossos
cardal pra cima que dormiu na estaca
e acordou com a chaira, fazendo alvoroço.
Cada tento forte, desquinado inteiro
pelas mãos de jeito, de paciência e arte
só depois com outro é que vai ser guerreiro
porque ainda solito, num tirão se parte.
Pelas mãos de campo, de dar tironaços
na perícia antiga, que aprendeu com outros
já passaram rédeas, barbicachos, laços
e cabrestos fortes que golpearam potros.
É quase um romance, entre mãos e tentos
um tento por baixo, outro vai por cima
vai crescendo o laço, pra cantar nos ventos
numa trança forte, mas com a mesma rima.
Vai desde argola, quase doze braças
de corpo parelho pra encontrar a presilha
numa armada aberta é quase uma ameaça
pela mão que firma mais quatro rodilhas.
Pra tentear o laço e firmar a trança
num pealo de longe, polvadeira erguida
feito um laço novo, tempo corre e corta
e quando a argola solta, nos rebenta a vida.
Acordes entre parenteses são tocados apenas quando repete o verso.