Senti um nó na garganta quando saí da querência
Tantas memórias recuerdos que a alma velha acalanta
E passam despercebidos só se fazendo presentes
Quando a saudade maleva no peito senti a distância
Acácia velha da estância no adeus da minha partida
Esperançavam retorno com flores amareladas
No galpão os meus arreios pelas guascas engraxadas
Domavam potrada alçada no lombo dos meus anseios
% Quando mirei as esporas, estrelas largas de sonhos
Pelas formas das rosetas senti que a vida aragana
Também rodava dispersas com os destinos imersos
Nas tristezas das partidas e alegrias dos regressos %
Cada pedra do terreiro relebrava qualquer coisa
De algum passado remoto num recuerdo caborteiro
E a alma velha da estância gritava em todos os lados
Em contrapontos calados aos berros das minhas ânsias
Da tropilha do destino embuçalei a saudade
Que já vinha laço a fora na mangueira da minha alma
Não tive sorte na doma e hoje é potro caborteiro
Que corcoveia no peito quando um recuerdo retoma
% Quando mirei as esporas, estrelas largas de sonhos
Pelas formas das rosetas senti que a vida aragana
Também rodava dispersas com os destinos imersos
Nas tristezas das partidas e alegrias dos regressos %
% Quando mirei as esporas, estrelas largas de sonhos
Pelas formas das rosetas senti que a vida aragana
Também rodava dispersas com os destinos imersos
Nas tristezas das partidas e alegrias dos regressos %
Final: A