Aos que dizem que sou um à toa
Morrem de inveja da minha vida boa
Da tranquilidade que Deus abençoa
Fiquem sabendo que eu não vou mudar
Não jogo no lixo o meu tempo nobre
Vivo pro que penso, não há quem me cobre
Eu ainda acredito que uma vida pobre
É a que se perde sem se notar
Mas podem dizer que faço corpo mole, preguiçoso
Cheio de bole bole, malicioso
Não há quem me enrole
Com a dureza fiz um trato dela me deixar
Eu sou, eu sou
Eu sou é madeira de lei
Ninguém pode cortar
Na malandragem levo a vida numa flauta
Tenho nota certa para toda pauta
Qualquer motivo basta pra me inspirar
Eu sou, eu sou
Eu sou é madeira de lei
Ninguém pode cortar