Da taça que você bebeu, bebi eu
Sozinho e o vinho escorreu com gosto do seu batom, tão bom, bateu
Há porta mas nem fui abrir
Ninguém vem, suponho: é um sonho meu
E a ponta que você deixou, fumei, bateu
Saudade quando dei por mim
Tava a fim, desejo dos beijinhos seus
Do lance de dançar sem som, tão bom, Bateu
O sangue, a porta, a campainha
Molhada na chuva chamando meu nome
Eu abro os braços, porta, tudo
A boca, mas fico mudo, pois você some