Voltar pra casa, te ver na sala, te ver deitado é bom,
Te ver sonhando eu perco as estribeiras da pequenez
E até acerto o tom o dia inteiro com
Tua leveza, eu encho a geladeira piro na minha sorte,
Traço três mil nortes que o teu número da sorte
É tudo que eu quis
Te ver chegando da sacada, beijar tua boca é bom,
Tirar tua roupa então
Te ouvir cantando desafinado
Que eu te ajudo com a força que tu me dá
E a gente ri um bocado
Que a vida, agrado assim não dera antes
Eu ainda odeio tanto e me chateio o quanto dá pra agüentar.
Ainda me flagro nada, pelo covil dos monstros insisto ir.
Eu ainda sou um branco, mas teu riso é tanto
Que me vai buscar pra contar mentirinhas
E nas entrelinhas, então, me fazer ver
Por tua ternura, toda tua candura,
Por tua cara dura de dizer que me ama,
Teu olhar pidão e tua boca que chama,
Que eu tenho razão pra levantar da cama
Enfim em casa, contar do dia
E a gente sabe que o do outro só agora é que aconteceu.