Mostre para quem tu bem quiseres
O meu coração ensanguentado
Diga este homem me amou
Sem sequer me ter tocado
Mostre as minhas chagas de amor
Mina água do meu lado
E esses cravos nos meus pés
Fazem de mim o teu escravo
Mostre para quem tu bem quiseres
A minha poesia apaixonada
Diga o tanto quanto que te quis
Sem jamais te pedir nada
Mostre as minhas mágoas de amor
Do teu medo as chibatadas
E esse travo em minha voz
Que fez de mim o teu cantor
E fez de ti o meu can- tar
Des- fez em mim o de- sa- mor
E fez, as- sim, eu me entre- gar
O nosso encontro aos céus bendigo!
Pois sei, o amor é um deus mendigo
Que suplica para se dar
E dar à luz
O que o sol não conheceu
No leito de teu coração
Quem te cobre (e descobre) sou eu
Sou eu Ah!