Quando acabarem-se as esquilas
Pra onde irei, pra onde irei?
Talvez changuear para juntar mais alguns pilas
Que sempre gasto mais depressa que ganhei
Vou assoliar meu poncho velho
Em ( 52 54 41 )
O João Maria me avisou de lá do povo
Conta comigo pra tropear pra um saladeiro
E assim será, porque haverá de ser assim a vida de um peão
Changueando a lida vida a fora sem buscar razão
Nem me interessa outro moldes se não for assim
E viverá, porque viver sendo changueiro é tudo o que aprendeu
Sabe que as preces nada valem pra quem é ateu
Nem catecismos pra quem não tem fé.
Quando acabarem-se as esquilas
Pra onde irei, pra onde irei?
Talvez changuear para juntar mais alguns pilas
Que sempre gasto mais depressa que ganhei
Vou assoliar meu poncho velho
Em ( 52 54 41 )
O João Maria me avisou de lá do povo
Conta comigo pra tropear pra um saladeiro
Vou madrugar, passar na venda, encher a mala de garupa e sair
Galope alegre rumo ao rancho pra fazer sorrir
Minha chinoca e os piazitos que esperando estão
E vou ficar, dois ou três dias para matar essa saudade enfim
Juntar as garras e partir, pois tem que ser assim
Meu rancho é o mundo e as estradas se nasci peão
Quando acabarem-se as esquilas
Pra onde irei, pra onde irei?
Talvez changuear para juntar mais alguns pilas
Que sempre gasto mais depressa que ganhei
Vou assoliar meu poncho velho
Em ( 52 54 41 )
O João Maria me avisou de lá do povo
Conta comigo pra tropear pra um saladeiro
Então irei, mas uma vez, pingo de tiro pelo corredor
Arrepassar meu próprio rastro sempre campeador
E auroras novas que iluminam o pago de onde vim
E cantarei, meu canto alerta terra e fogo changueador também
Com a certeza que na vida nada nem ninguém,
Em