Deito o corpo na presilha
Firmo o laço, meto um tombo
Sou do lombo do cavalo
E o pealo é minha poesia
No caminho em que me encontro
O tema não tem reclame
Fronteira não tem arame
Na estância do meu silêncio
Nesta vida descuidado
o verso enverdece as macegas
o berro empurra o fiador
E o resto enseba as canelas
Disparando da ousadia
Que invade meus argumentos
Donde a trova se repete
Reclamo conhecimento
E nunca durmo nas palha
Com as garra sentando o pelo
De uma dor mal costeada
Nas cordas do meu violão
E não tem de Vamo vê
Depois que pego a escrever
Ovelha não é pra mato
E mágoa é pra esquecer
Se de pronto canto Flor!
Impaciento as em posturas
Falta Invido aos calaveras
E carancho não se mistura
Donde o campo encontra as casas
A palavra é meu batismo
Um galpão sem livro
É um corpo sem alma