(Dos pelegos eu faço a cama E o basto meu travesseiro Se minha bombacha é remendada Pois são as marcas de que ela aguentou o repuxo É que na campanha ainda existe a simplicidade E é pra mostrar que o campeiro não tem luxo Se eu me levanto bem cedito Feijão mexido pra mim é o melhor café Não me acostumo com essas comida moderna Bucho cozido pra um índio xucro é filé (2x) Eu me criei à campo fora Ensinando e aprendendo Cresci assim desse jeito Campeiro não tem enfeite Meus versos não tem remendo (2x) (Intro) Se meus cabelo é enfumaçado É que eu me aquento na moda véia campeira Moro pra fora e não abandono os costumes Índio campeiro não se aquenta em lareira E se a minha bota tá empoeirada Meia esfolada não é bota de passeio Furou o solado de calçar o pé no estribo Levando a corda num pelado de rodeio (2x) Eu me criei à campo fora Ensinando e aprendendo Cresci assim desse jeito Campeiro não tem enfeite Meus versos não tem remendo (2x) (Intro) Se o meu poncho tá furado Meio rasgado das campereada no mato Em dia de chuva procurando gado alçado Entrincheirado no meio do unhal de gato Meu tirador está esfolado Pois são as provas das campereadas que faço Já tá no fim judiado pelos janeiros Meio queimado de tironeada de laço (2x) Eu me criei à campo fora Ensinando e aprendendo Cresci assim desse jeito Campeiro não tem enfeite Meus versos não tem remendo (2x) (Intro)