Caminheiro prodígio, numa beira de estrada
Vai traçando a jornada
Sob o sol a brilhar, sob o olhar do universo
Trova a vida em verso, já não sabe ao certo
O que vai encontrar
Um punhado de sonhos, um caminho tão incerto
Mas tem ele por perto a viola na mão
Num ponteio discreto entoa a cantoria
E a noite se faz dia, luz da inspiração
Vai tragando a poeira na vida aventureira
Vai sem eira nem beira almejando encontrar
Traz no peito a esperança
De sonhar não se cansa
É crescida criança, pelo mundo a versar
Um confuso perfume Uma faca sem gume
Luz de mil vagalumes
Ilumina o viver
Pois os versos apontam, os caminhos do poeta
A magia desperta o seu belo viver