Boiada, triste boiada, na estrada cheia de pó
Boiada, o meu coraçã ão também caminha tão só
Levando junto a saudade, velha esperança guardada
Vai carregando a tristeza a passo lento na estrada
Saí de casa menino, deixei chorando meus pais
Cresci no mundo sozi inho e não voltei nunca mais
A irmã deve estar casada, a mãe que nunca me esquece
Meu pai, de certo, está velho e o irmão já nem me conhece
Às vezes, na despedida, eu tenho que disfarçar
Quando uma lágrima ro ola caída do meu olhar
Poeira vai levantando no céu deixando um letreiro
Formado com letras de pó, lembranças de um boiadeiro