Máquinas de guerra e indumentária Pra vestir o caçador que, em vez da fera, caça A sua própria espécie que se encontra encurralada Desgraça muita e porrada na lata, Sem terra, enterrais na merda E deixais quem berra na miséria, sede e fome Bicho mau, bicho mau, bicho homem Bicho mau, bicho mau, bicho homem Talvez por dinheiro um dia até explodirias O mundo inteiro e eu queria ser teu travesseiro Quando se vês apenas como mais um a chorar Sempre em busca do prazer do ouro Quem te interfere perde o couro Mas te esqueces, teu tesouro é teu coração E todo mal que o consome Bicho mau, bicho mau, bicho homem Bicho mau, bicho mau, bicho homem Máquina de deuses inventados Pra lutar contra diabos que o carregam Pelos quintos do maior conto de fadas Mascarado, sedutor, endiabrado Enganas o mais pobre coitado Que não percebe a grande máscara em que te escondes Bicho mau, bicho mau, bicho homem Bicho mau, bicho mau, bicho homem Tornando escassa nossa fauna e flora E tudo o mais que tu exploras Como uma cobra que devora o próprio rabo Estás em busca do teu fim Eu digo tudo isso por mim Pressinto um futuro em que não haverá Nem sombra de lembranças do teu nome Bicho mau, bicho mau, bicho homem Bicho mau, bicho mau, bicho homem Marcos Mello ->Nikiti City