Há quem pense que é sempre verão
E há quem saiba da triste beleza
Tem quem não conheça a imensidão
E há quem veja nela a sutileza
De transpor nos versos da canção
Frutos dessa estranha natureza
Contrapor ao peso do feijão
Algo que lhes caia com leveza
Ao contar estrelas pelo chão
Lembro do que esquece tanta gente
Mesmo que recheio seja em vão
Sobra uma canção inteligente
A névoa um belo dia veio descrever
O quanto desse cinza é algo a se enteder
Por isso, meu amigo, não vou te escrever
Mais vale resumir nessa receita
De uma banana à milanesa
A quem pensa que há sempre um refrão
Pr'uma letra cheia de certezas
Quando for comer esse feijão
Escute essa banana à milanesa
Uma banana à milanesa, que beleza