Andando na noite, zombando do açoite
Na chuva, no temporal, na fumaça
A minha toca molhada, cansada de tanto pensar
Um jeito de me dar à você
Reflexo neon da cidade nas poças
A eterna pergunta, eu ainda acredito
Na sinceridade, na fraternidade
No aflorar dos corações
Cantando na noite, zombando do sonho
De ser índio, desnudo e sem nada
Com tudo eu quero o simples da vida
A flor do beija-flor
O pólen da margarida
Eu quero a partida
Contigo eu vou despetalar-me
Beijar um canteiro só
Desatar tudo que é nó