Se eu fosse um passarinho queria voar no espaço
Pra sentar de vagarinho na voltinha do seus braços
Queria sentir seus carinho pra aliviar a dor que passo
Queria te dar um beijinho e depois um forte abraço
É um ditado muito certo quem ama nunca esquece
Quem tem seu amor distante chora, suspira e padece
Coração sofre bastante, saudade no peito cresce
Se você tem outro amor seja franca e me esclarece
Sou aquele canarinho que cantou em seu terreiro
Em frente sua janela eu cantava o dia inteiro
Depois fui pra uma gaiola e me fizeram prisioneiro
Me levaram pra cidade, me trocaram por dinheiro
No porão daquele prédio era onde eu morava
Me insultavam pra cantar mas de tristeza eu não cantava
Naquele viver de preso muitas vezes imaginava
Se eu "arroubasse" essa gaiola, pro meu sertão eu voltava
Um dia de tardezinha veio a filha do patrão
Me viu naquela tristeza e comoveu seu coração
Abriu a porta da grade me tirando da prisão
Vá-se embora canarinho, vá cantar no seu sertão
Hoje estou aqui de volta desde as altas madrugadas
Anunciando o entardecer e o romper da alvorada
Sobrevoando a floresta e alegrando a minha amada
Bem feliz por ter voltado, pra minha velha morada