Ainda estes dias, era eu e o Anastácio Numa parelha, com esse rodeio parado Estampa rude, jeito simples sobre os bastos Floreando a boca de um mouro recém domado Amigo antigo, de outros tempos, não de hoje... Alma campeira, que se foi pro outro lado. Hoje um guri fazendo a volta da canhada Reponta ”a grito”, a gadaria toda pampa Ainda estes dias, pela volta, mais adiante Era o Anastácio, mais gaúcho do que estampa Pechando a mouro, dois touritos peleadores Que vinham tauras, num bate-bate de guampa. (refrão) “As vez” me vou pela invernada, e ainda escuto Um sapucay, que de um aboio se estendeu Tirando as vacas de um capão de corticeiras Ou algum terneiro que da tropa se perdeu Sonando em coplas, pelo vento vai seu grito Que ainda estes dias, ia junto com o meu... Que ainda estes dias, ia junto com o meu... Quanta invernada recorreu por estes olhos Quanta história se extraviou a campo fora... O próprio tempo, por tropeiro no reponte Deixou um parceiro, e levou o outro embora Eu num gateado e o Anastácio no seu mouro Ainda estes dias, era quase um par de esporas. Hoje o rodeio “se paro” da mesma forma Ainda estes dias, não faz muito, faltou gado Estendo a vista, mas meus olhos logo param Num touro pampa, erguendo terra num pelado Largando ao vento mais poeira e uma lembrança Talvez por isso, que os meus olhos vão molhados. (refrão) “As vez” me vou pela invernada, e ainda escuto Um sapucay, que de um aboio se estendeu Tirando as vacas de um capão de corticeiras Ou algum terneiro que da tropa se perdeu Sonando em coplas, pelo vento vai seu grito Que ainda estes dias, ia junto com o meu... Que ainda estes dias, ia junto com o meu... Ainda estes dias, era eu e o Anastácio...