É o conto da menina
Que emanava adrenalina
Ela passa uma história
Mas que triste sensação
Era noite e frio o clima
Ela sozinha na esquina
Um demônio a esperava
Paira a sombra no chão
E aguardando na estrada
Era o fim da sua jornada
Os seus olhos cor de sangue
Me apertaram o coração
Ofegante como um lobo
Sua presa era fácil
Disparou ao seu encontro
A chegada do vilão
“Linda garota, o que te passas?
Deixa eu te levar para casa
Aproveitemos toda a noite
E repouse em meu colchão”
Suas palavras eram suas
Sua mente disse “fuja”
As suas pernas tremiam
E ela logo disse não
“Não senhor, já está tarde
Vou embora, então desculpas
Já são quase nove horas
Esperam a minha ligação”
Mas era um cão raivoso
Como um trem misterioso
Que levava ao inferno
E nem a prece salva dessa maldição
Ele apertou seu braço
E puxando todo o laço
Cortava o sentimento
Vendo suas roupas no chão
“Sua menina mal amada
Me entregue antes que eu faça
Quero seu corpo, sua alma
Você é a minha perdição”
E a menina adrenalina
Viu a luz e lá de cima
A mensagem de esperança
Que dizia seu irmão
E na chance logo fez
Como um jogo de xadrez
Era a queda da rainha
No seu campo de botão
E com a faca em sua garganta
Nessa noite virou santa
Quando a morte logo chega
E o sangue vem banhando o chão
Quando aos poucos recobrava
A consciência que faltava
Viu suas mãos como um oceano
O mar vermelho de solidão
E jogada na rua
Sob a triste luz da lua
Ela descontou seu ódio
Como uma oração
Sua prece se ouviu
E na luz logo sentiu
O fio de esperança
Queima os olhos e o coração
O homem estava morto
Mas isso importava pouco
Ela respirou profundo
E foi em outra direção
É o conto da menina
Que emanava adrenalina
Ela passa uma história
Mas que triste sensação
Era noite e frio o clima
Ela sozinha na esquina
Um demônio a esperava
Paira a sombra no chão
É o conto da menina
Que emanava adrenalina
Ela descobriu que a raiva
É a melhor emoção
Então pegou o ursinho
Que seu irmão havia dado
E logo limpou a lâmina
E jogou fora o coração
É o conto da menina
Que emanava adrenalina
Ela passa uma história
Mas que triste sensação
Era noite e frio o clima
Ela sozinha na esquina
Um demônio a esperava
Mas a lua disse não
É o conto da menina
Que emanava adrenalina
Agora um novo propósito
Traz até certa comoção