A noite estava assim enluarada,
quando a voz já bem cansada
eu ouvi de um trovador 44 30 32 30 44 42 41
nos versos que vibravam de harmonia,
ele em lágrimas dizia
da saudade de um amor 52 53 52 50 63
Falava de um beijo a- paixo-nado,
62 60 60 62 64 50 50 52 53 52
de um a- mor desesperado,
50 63 62
que tão cedo teve fim
E desses gritos e tormentos,
eu guardei no pensamento
uma estrofe que era assim: - 52 51 50
Lua, 52 51 54 52 51 50 64
64
vinha perto a madrugada,
quando, em ânsias, minha amada
nos meus braços desmaiou.
62 64 50 52 54 52 50 64 62
E o beijo do pecado
em seu véu estrelejado
a luzir glorificou. - 52 51 50
Lua, 52 51 54 52 51 50 64
64
hoje eu vivo tão sozinho,
ao relento, sem carinho
na esperança mais atroz,
de que cantando em noite linda
esta ingrata, volte ainda,
escutando a minha voz 52 53 52 50 63
A estrofe derradeira merencórea
62 60
revelava toda a história
de um amor que se perdeu. 44 30 32 30 44 42 41
E a lua que rondava a natureza,
solidária com a tristeza
entre as nuvens se escondeu. 52 53 52 50 63
Cantor que assim falas à lua,
62 60 60 62 64 50 50 52 53 52
minha história é igual à tua
50 63 62
meu amor também fugiu.
Disse eu em ais convulsos
Ele então entre soluços
toda a estrofe repetiu. - 52 51 50
Lua, 52 51 54 52 51 50 64
64
vinha perto a madrugada,
quando, em ânsias, minha amada
nos meus braços desmaiou.
62 64 50 52 54 52 50 64 62
E o beijo do pecado
em seu véu estrelejado
a luzir glorificou. - 52 51 50
Lua, 52 51 54 52 51 50 64
hoje eu vivo tão sozinho,
ao relento, sem carinho
na esperança mais atroz,
de que cantando em noite linda
esta ingrata, volte ainda,
escutando a minha voz 52 53 52 50 63 62 60