Na pata do potro
O talho do arame
Do sangue no pasto
O golpe no chão
Se desata a rédea
E a campana do estrivo
Vai sonando nos basto
Numa prece ao rincão!
A morte de um pingo
Na lida da doma
É tristeza que assoma
No olhar de um campeiro
Se vinha blandeando
Terceando com a espora
Num berro, que agora,
É silêncio ao potreiro!
Assim cruza o rastro
O índio vaqueano
Buscando o abandono
do que amadrinhou;
Saber da trompada
Queu viu contra o mato
E o potro veiáco
Se descogotou!
Se descogotou!
Retornam chilenas
E as cordas de arrasto
A cincha e os basto
Numa ausência de lombo
Ficou um pedaço
De pampa estendido
E o pago sentido
No quadro de um tombo!
Talvez a querência
Anoiteça mais triste
Mas o campo se arrima
Na sorte de um outro
Ficou a mirada
Lembrando do estouro
Na falta do couro
Das garrão de potro!