Letra de
A Despedida do Padre

O barco vai levando o corpo do meu pai
rumo à despedida imprevista que um dia desejou.
Com o alvorecer os convidados sofrem com o sol
e condolentes ficam, nos afagam, não precisam
derreter.
Eu continuo a rir. Eu nado por aí. Respiro praticamente sozinho.
Sim, a tristeza faz parte das aventuras que, errante, o passo tece.
Eu continuo a rir. Eu nado por aí. Respiro praticamente sozinho.
O que a brisa traz, o que o tempo refaz: cada instante em braços de paz.
Vou, navegante, sem ter velas ou timão.
Basta o som das pedras pra guiar a direção.
Só agora eu entendo: todo mas é um pouco de ré-
médio ou a dose de um veneno.
Eu continuo a rir. Eu nado por aí. Respiro praticamente sozinho.
Sim, a tristeza faz parte das aventuras que, errante, o passo tece.
Eu continuo a rir. Eu nado por aí. Respiro praticamente sozinho.
O que a brisa traz, o que o tempo refaz
(ad infinitum).