Tu te abeiraste da praia
Não buscaste nem sábios nem ricos
Somente queres que eu te siga
Senhor, tu me olhaste nos olhos
A sorrir pronunciaste meu nome
Lá na praia eu deixei o meu barco
Junto a ti buscarei outro mar
Tu sabes bem que em meu barco
Eu não tenho nem ouro nem espadas
Somente redes e meu trabalho
Tu minhas mãos solicitas
Meu cansaço que a outros descanse
Amor que almeja seguir amando
Tu, pescador de outros lagos
Ânsia eterna de almas que esperam
Bondoso amigo, assim me chamas
Tu és o pão, és o vinho
Alimento de quem vai contigo
Quero comê-lo em meu caminho
Tu és meu único amigo
Companheiro que vem comigo
Dai-me teu corpo, manjar divino
Tu vives ressuscitado
Pois venceste as dores e a morte
Senhor, eu quero seguir tua sorte