Vago solitário na penumbra.
Me afogo em lágrimas e lamentações,
Vago sozinho com minha voz,
Cantando minha escuridão.
Acordo sussurrando coisas desconexas,
Perturbadoras, doentes, insanas, me corroem. Não!
O nascer do sol nos liberta como um poema.
Tanta beleza nos inspira um sorriso.
No céu azul, voamos sentindo a brisa.
Pelos vales escuros, distribuindo vida,
Escutei novamente aquela voz.
Voz suave, doce, tão amargurada!
Mesmo sem permissão, segui aquelas palavras
Que me chamam desde a primeira vez
Palavras de dor.
Me vejo aqui,
Ouvindo sua voz,
Ou os seus gemidos.
Me vi nos seus lábios.
Não me contive apenas em te admirar.
Me aproximo, volto seu olhar
Em minha direção.
Estar sempre por perto,
Te ouvir cantar qualquer canção.
Quando um anjo surge, não se sabe.
É preciso acreditar.
Vem ver comigo o que podemos fazer juntos,
Meu anjo amigo me ensina a voar.
Te entendo sim.
Ouço sua voz,
Sinto seu sorriso,
Bem-vindos os seus lábios.
Te entendo sim.
Ouço sua voz,
Sinto seu sorriso.
Estar sempre por perto,
Te ouvir cantar
Qualquer canção.