Tono: E
Introducción:
E
Pelos auto-falantes do universo
E
Vou louvar-vos aqui na minha loa
A
Um trabalho que fiz noutro planeta
A
Onde nave flutua e disco voa
E
Fiz meu marco no solo marciano
E
Num deserto vermelho sem garoa
(A)
E
Este marco que eu fiz é fortaleza
E
Elevando ao quadrado Gibraltar!
A
Torreão, levadiça, raio-laser
A
E um sistema internet de radar
E
Não tem sonda nem nave tripulada
E
Que consiga descer nem decolar
(A)
E
Construi o meu marco na certeza
E
Que ninguém, cibernético ou humano
A
Poderia romper as minhas guardas
A
Nem achar qualquer falha no meu plano
E
Ficam todos em Fobos ou em Deimos
E
Contemplando o meu marco marciano
(A)
E
O meu marco tem rosto de pessoa
E
Tem ruínas de ruas e cidades
A
Tem muralhas, pirâmides e restos
A
De culturas, demônios, divindades
E
A história de Marte soterrada
E
Pelo efêmero pó das tempestades
(A)
E
Construí o meu marco gigantesco
E
Num planalto cercado por montanhas
A
Precipícios gelados e falésias
A
Projetando no ar formas estranhas
E
Como os muros Ciclópicos de Tebas
E
E as fatais cordilheiras da Espanha
(A)
E
Bem na praça central, um monumento
E
Embeleza meu marco marciano
A
Um granito em enigma recortado
A
Pelos rudes martelos de Vulcano
E
Uma esfinge em perfil contra o poente
E
Guardiã imortal do meu arcano